quarta-feira, 20 de maio de 2009

Condutores continuam misturando álcool e direção


Déborah Ribeiro


Prestes a completar um ano em vigor a Lei Seca trouxe uma nova realidade para os condutores brasileiros e para os donos de bares. Com o intuito de diminuir o número dos acidentes de trânsito no país os motoristas tiveram que rever alguns conceitos para não serem punidos pela lei, o que afetou diretamente no movimento de bares e restaurantes da capital. O comerciante Alexandre Castro, dono do Baú Esporte Bar, na região nordeste de Belo Horizonte afirmou que no início da implantação da lei o movimento no bar caiu consideravelmente e que apenas os clientes locais continuaram freqüentando o estabelecimento. “As pessoas que vinham de carro dos bairros vizinhos deixaram de vir e apenas os moradores do bairro continuaram freqüentando meu bar, já que vinham a pé”, contou Alexandre.

O aumento do consumo de álcool no Brasil, principalmente entre pessoas acima dos 18 anos foi um dos motivos que levou á implantação da Lei Seca segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde). Esse dado se confirma quando conversamos com alguns jovens que afirmam já terem dirigido mesmo depois de terem consumido bebida alcoólica. Segundo o administrador Eduardo Rodrigues, 31 anos, após a implantação da lei ele deixou de consumir qualquer tipo de bebida alcoólica quando estava ao volante, mas confessou que já bebeu mesmo dirigindo. “É claro que já que bebi quando tinha que dirigir, mas hoje para evitar punições por causa da nova lei não faço mais isso quando estou ao volante”, disse.

Depois de quase um ano apenas desde a implantação da Lei Seca muitas pessoas deixaram de respeitá-la, é o que diz o comerciante Alexandre Castro ao contar que hoje o movimento no seu bar já voltou ao normal e que seus clientes voltaram a consumir bebida alcoólica e depois saírem dirigindo. Para ele falta mais fiscalização para que a Lei seja realmente eficiente. “Em quase um ano eu nunca presenciei uma blitz aqui na região e pelo o que parece as pessoas deixaram de terem medo de serem punidas e por isso voltaram a beber mesmo quando estão no volante”, declarou.


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